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Um novo jeito de fazer Moda

  Quando começou a estudar Moda, a araponguense Andréia Jesuíno, 35 anos, planejava trabalhar em uma grande empresa e ter um salário de causar inveja. O anseio inicial da universitária já não é o mesmo ao concluir o curso de Tecnologia em Design de M

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 04.12.2011, 07:02:00 Editado em 27.04.2020, 20:44:11
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Quando começou a estudar Moda, a araponguense Andréia Jesuíno, 35 anos, planejava trabalhar em uma grande empresa e ter um salário de causar inveja. O anseio inicial da universitária já não é o mesmo ao concluir o curso de Tecnologia em Design de Moda, pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Câmpus Apucarana. Ela e a irmã, Ângela Jesuíno, 32, também de Arapongas, descobriram no design inclusivo um novo nicho de mercado. As estudantes apresentaram como monografia, o projeto “Desenvolvimento de Vestuário Adaptável para Portadores de Paralisia Cerebral”.

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As universitárias transformaram os portadores de paralisia cerebral em protagonistas da passarela. Elas desenvolveram dez peças para seis looks para coleção verão 2012/2013, para alunos da Apae de Arapongas. Foram dois vestidos, uma saia, uma blusinha e um shortinho com uma bata para compor o vestuário feminino. Para a ala masculina do projeto foi desenvolvido bermuda e camiseta e calça jeans e camisa.

A primeira vista pode parecer peças casuais demais para universitárias de Moda, mas a finalidade das estudantes era justamente essa. “A intenção não era fazer nada extraordinário. São modelagens de peças normais. Fizemos adaptações nos pontos de maior dificuldade de mobilidade”, explica.

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De acordo com Andréia, o objetivo é quando alguém olhar ver a normalidade, fazendo o portador de necessidade especial se sentir incluso, com naturalidade. Ela avalia que o projeto, assim como a moda, se preocupa com conforto e estética. “As micros e macrotendências da próxima estação estão na coleção, como o floral e o xadrez”, pontua Ângela.

Quanto ao conforto, Andréia explica que as adaptações foram planejadas conforme o estudo do movimento de cada participante. “O acabamento é o diferencial. Por exemplo, nas aberturas laterais com zíper, o acessório não toca a pele, para não machucar. Também tivemos muito cuidado na hora de aplicar botões. Sempre pensamos no conforto de quem vai usar”, sustenta. Ela explica ainda que na hora de confeccionar calças e bermudas retiraram a costura na lateral ou a deslocaram um pouco para frente. “A costura, para quem passa grande parte do tempo em uma cadeira de rodas, pode machucar a pele”, assinala.

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