A procura de professores da rede estadual de ensino da região por titulações é tímida. A maioria "para" na especialização. Hoje, apenas 1,4% dos docentes das escolas de abrangência do Núcleo Regional de Educação (NRE), de Apucarana, tem esse título. Eles são apenas 49 professores em um universo de aproximadamente 3,5 mil. Políticas recentes do governo fizeram com que o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) se tornasse mais atrativo para estes profissionais.
Com relação à especialização, os números praticamente se invertem. Cerca de 93% dos professores da rede são pós-graduados. No entanto, não há docentes na ativa com Doutorado na rede estadual de ensino. Todos os dados são do NRE de Apucarana, que abrange 16 municípios.
Professora de Filosofia, Maria Piai é uma das pessoas que possui a titulação de Mestre no ensino público estadual. Segundo ela, a busca pelo Mestrado foi iniciada por uma questão pessoal. “Quis fazer Mestrado para aumentar meus conhecimentos e, por consequência, melhorar as minhas aulas. Gosto muito de lecionar. Se não gostasse, provavelmente não teria ido atrás”, conta.
Piai explica que o retorno para o professor que faz o Mestrado não é imediato. “Se o professor não possui um tempo de carreira específico, a ascensão não ocorre. Acho que isso acaba afastando um pouco os professores do Mestrado”.
O também professor de Filosofia Marcelo Rosa foi beneficiado por um programa recente do Governo do Estado. Ele está fazendo o Mestrado, mas recebeu o afastamento das atividades docentes para se dedicar exclusivamente ao curso. “Um curso como este demanda muito tempo, muita leitura, presença em eventos como palestras e congressos, entre outros. Por isso, essa licença concedida pelo estado é de grande importância”, diz.
Leia matéria completa na edição deste domingo (21/07) da Tribuna.
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