Laudo da Vigilância Sanitária, da Autarquia Municipal de Saúde, apontou 25 irregularidades, em vistoria ao Hospital do Coração, de Apucarana. As falhas vão desde problemas estruturais no prédio e falta de alvará da Prefeitura e Corpo de Bombeiros. A unidade fica aos fundos da Associação Cultural e Esportiva de Apucarana (Acea) e presta consultas ambulatoriais duas vezes por semana desde 2012.
A Tribuna teve acesso a documento encaminhado pelo Município ao Ministério da Saúde e que detalha as principais inadequações da unidade. Entre as principais inadequações destaca-se a reprovação do projeto arquitetônico (ver gráfico). “O projeto está em desconformidade com as exigências da Anvisa”, afirma o diretor do Departamento de Vigilância e Saúde, Aguinaldo Ribeiro. O diretor ainda aponta que, além de problemas estruturais, a unidade não tem autorização para o uso de equipamentos de radiação ionizante, apresenta disposição de grama sintética nos corredores, material altamente contaminante e não possui reservatório com água tratada e faz uso de água imprópria para consumo. A vigilância também constatou a captação clandestina de água do reservatório da Acea. O local também não está em dia com processos de prevenção e combate a incêndios.
"Não está apto a funcionar porque não apresenta condições ideais", assinala Ribeiro.
OUTRO LADO
Por telefone, o responsável legal pelo hospital, cirurgião cardíaco Randas Vilela Batista, negou as irregularidades e considera uma resistência do setor de alvará contra o hospital. O médico afirma que reparou as irregularidades e que a unidade está completamente dentro das adequações necessárias para o funcionamento.
“Trouxe um presente para Apucarana que não querem aceitar. Que fique claro, eu não dependo do hospital, quem precisa é o povo. Estão fazendo exigências totalmente infundadas para o hospital não funcionar. Tenho a impressão que pensam que o hospital é meu e que eu vou ficar milionário”.
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