A atual diretoria do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí e região (Cisvir), após adotar providências cabíveis, tornou público três graves irregularidades detectadas em procedimentos realizados no âmbito do consórcio. A decisão de divulgar as fraudes partiu de prefeitos de municípios-membros do consórcio. O assunto foi pauta de uma coletiva realizada durante a manhã desta quinta-feira (25) na Prefeitura de Apucarana. Prefeitos de São Pedro do Ivaí, Bom Sucesso, Marumbi e Jandaia do Sul compareceram à coletiva.
Entre as supostas irregularidades relatadas constam fraude de documetnos do consórcio pelo ex-presidente do consórcio e ex-prefeito de Marumbi, Adhemar Rejani; licitação suspeita que teria favorecido irmã de ex-diretor do consórcio; e invasão do sistema, por acesso remoto, desviando consultas de outros municípios para favorecer cerca de 600 pacientes de Rio Bom. Rejani procurou o TNOnline para negar as denúncias. "Como presidente do Cisvir, Eu fazia a parte política entre o Cisvir e os prefeitos, e o Cisvir e o Governo do Estado, não tenho conhecimento de como era feito agendamento de consultas e nem de como era feito agendamento. Quanto a licitação, isso era feito por um departamento específico, eu não tinha conhecimento e nem participação nenhuma... Durante minha gestão nunca fui questionado por nenhum prefeito dos municípios do consórcio sobre irregularidade" citou Rejani à reportagem.
Durante a coletiva, o atual presidente e prefeito de Apucarana, Beto Preto, informou sobre as medidas adotadas diante das irregularidades. "Documentos e relatos das três situações foram encaminhados ao Ministério Público Estadual e Tribunal de Contas do Estado", revelou Beto Preto, acrescentando ainda que no caso de fraude de falsificação de documentos públicos, a direção do Cisvir providenciou o registro de dois boletins de ocorrência, na 17ª Subdivisão Policial de Apucarana. O caso foi referente à publicação de seis resoluções do consórcio (retroativas a diversos meses de 2010), nas páginas de atos legais da Tribuna do Norte. A publicação ocorreu sem ter sido autorizado ou expedido qualquer documento ao jornal. Ao ser investigado o caso, a diretora administrativa do Cisvir, Joada Darc Priviatti, constatou que houve falsificação de documentos públicos, com a edição de resoluções do Cisvir que oficialmente não existiam.
Desvio de consultas
Ao longo de 2013, conforme relatou a responsável pela controladoria interna do Cisvir, Letícia Bento, começaram a surgir reclamações das secretarias de saúde de vários municípios integrantes do consórcio “Secretários diziam que não estavam conseguindo agendas consultas no site do Cisvir, em diversas áreas de especialidades médicas a que tinham direito”, conta Letícia.
Diante das reclamações, técnicos da empresa responsável pelo suporte técnico do sistema passaram a monitorar os acessos e detectaram movimentos estranhos, carreando um número significativo de consultas para pacientes de Rio Bom. “Começamos a rastrear e identificamos que alguns operadores inativos do sistema haviam sido alterados e, por meio destes, as cotas administrativas internas eram manipuladas, retiurando consultas de Bom Sucesso, Novo Itacolomi, Borrazópolis, Arapongas e Sabáudia, para favorever pacientes de Rio Bom” informa a controladoria.
Confira matéria completa na edição da Tribuna do Norte desta sexta-feira (26)
Deixe seu comentário sobre: "Diretoria aponta irregularidades no Cisvir"