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Araponguenses são investigados por grilagem

Dois empresários araponguenses estão envolvidos em uma investigação da Polícia Federal (PF) que desarticulou uma quadrilha especializada em tomar posse de terras da União e vendê-las, processo conhecido como grilagem. O grupo é apontado pela PF como os ma

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.09.2014, 11:27:00 Editado em 27.04.2020, 20:09:06
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Dois empresários araponguenses estão envolvidos em uma investigação da Polícia Federal (PF) que desarticulou uma quadrilha especializada em tomar posse de terras da União e vendê-las, processo conhecido como grilagem. O grupo é apontado pela PF como os maiores desmatadores da Floresta Amazônica, sendo responsável por um dano ambiental de R$ 500 milhões. Um deles foi preso e outro está foragido.

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A ação da PF foi denominada ‘Operação Castanheira’. Investigações apontaram que a quadrilha agia invadindo terras públicas e realizava desmatamentos e queimadas para formação de pastos. Posteriormente, a área degradada era loteada e revendida a produtores e agropecuaristas do Sul e Sudeste.

O processo corre em segredo de justiça na Vara Federal de Itaituba, no Pará. Por isso, os nomes dos envolvidos e o número de prisões, a maioria no Pará, não foram revelados. Ao todo, 40 mandados foram expedidos nos últimos dias, entre mandados de busca e apreensão, prisões preventivas, prisões temporárias e conduções coercitivas.

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Segundo a PF, um dos araponguenses tinha função estratégica no esquema: ele servia como uma espécie de ‘corretor’, tentando encontrar compradores para as terras. Ele foi preso preventivamente nos últimos dias por policiais federais. O segundo araponguense, também alvo de um mandado de prisão preventiva, teria tomado posse de um dos terrenos. Ele não foi encontrado pela polícia.

A PF conseguiu descobrir a estrutura da quadrilha após realizar escutas telefônicas. Os investigados utilizavam-se de ‘laranjas’ para ocultar os crimes, segundo afirma o delegado da PF do Amapá, Bruno Benassuly, que comandou a operação. “Apuramos por escutas telefônicas que os compradores também sabiam das irregularidades, sabiam que as áreas eram embargadas, e mesmo assim concordaram em recebê-las”.

Ele também confirma a ação do ‘corretor’ de Arapongas. “O araponguense preso trabalhava tentando encontrar compradores. Para se ter uma ideia, a valorização dos terrenos era tão grande que os responsáveis por limpar a terra nem vendiam a madeira derrubada. Não compensava. Em dois a três anos, o preço do hectare de terra passou de cerca de R$ 2 mil para até R$ 10 mil”, explica.

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Segundo a PF, os envolvidos, na medida de suas participações, deverão ser indiciados pelos crimes de invasão de terras públicas, de furto, de crimes ambientais, de falsificação de documentos, de formação de quadrilha, de sonegação fiscal e de lavagem de dinheiro.

O advogado Oduwaldo Calixto defende o araponguense investigado por ter adquirido as terras. Calixto tenta medidas para a concessão do relaxamento da prisão. “O que aconteceu foi que o meu cliente realizou um trabalho no Pará em 2013 e a terra foi utilizada como forma de pagamento. Ele não sabia que a pessoa em questão já estava sendo investigada há vários anos por grilagem”, diz.

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