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Médicos da UPA cruzam os braços em Arapongas

Na manhã de ontem, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas de Arapongas abriu as portas com 22 médicos a menos. Os profissionais resolveram cruzar os braços na tentativa de forçar melhorias nas condições de trabalho. Com a paralisação, houve demora

Da Redação

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Foto: Sérgio Rodrigo
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Escrito por Da Redação
Publicado em 31.10.2014, 09:56:00 Editado em 27.04.2020, 20:06:21
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Na manhã de ontem, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas de Arapongas abriu as portas com 22 médicos a menos. Os profissionais resolveram cruzar os braços na tentativa de forçar melhorias nas condições de trabalho. Com a paralisação, houve demora nas consultas, no entanto, não ocorreu suspensão do atendimento à população.

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A UPA tem um total de 47 médicos credenciados que se dividem em escalas e recebem por horas trabalhadas. Destes, 22 aderiram à paralisação ao longo de todo o dia. A reportagem da Tribuna esteve na unidade ontem à tarde e apenas dois médicos estavam prestando atendimento à população.

De acordo com o membro do Conselho de Saúde, responsável pelos profissionais, Eucir Antônio Zanatta, uma das queixas da categoria diz respeito aos encaminhamentos de pacientes aos hospitais da cidade que estariam sendo rejeitados. “Algumas vezes o paciente acabava sendo encaminhado sem uma real necessidade, no entanto, existem um número considerável de casos que são encaminhados aos hospitais porque a UPA não tem capacidade diagnóstica e o hospital sim”.

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Os médicos também pedem a manutenção da escala e melhores condições de trabalho. O prédio da UPA dispõe de poucos banheiros, não há ar condicionado nem ventiladores suficientes ou sala de descanso para os profissionais. Os médicos também pedem mais segurança e a presença de Guarda Municipal 24 horas. Há reclamações também em relação a manutenção de estoque de medicamentos.

Segundo o secretário de Saúde, Luiz Otávio Davanso, as solicitações estão sendo atendidas. “Eles solicitaram algumas adequações e elas estão sendo feitas. Algumas já foram atendidas outras, porém, levam um tempo para serem resolvidas”.

Embora o número de profissionais que suspendeu os trabalhos tenha sido considerável, Davanso enfatizou que a Secretaria de Saúde remanejou os médicos que não aderiram à paralisação. “Não houve nenhum prejuízo”.

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Quem precisou de atendimento, entretanto, reclama. Euripedes Antônio Fernandes deu entrada na UPA às 10h30. Com fortes dores nas costas, ele só conseguiu ser atendido pouco antes das 16 horas. “Isso aqui tá complicado. A gente chega com dor e precisa ficar aguardando até um médico resolver atender. Foram mais de 5 horas esperando, isso não é vida, não”, diz.

A Secretaria de Saúde e o Conselho de Saúde deverão se reunir ainda hoje para que as reivindicações sejam novamente discutidas, de modo que os médicos e a administração municipal entrem em um acordo. Os profissionais afirmam que só voltam quando houver uma sinalização positiva referente à resolução dos problemas pontuados.

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