Por Aguirre Talento
BELÉM, PA, 15 de outubro (Folhapress) - A invasão de um dos canteiros de obras da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), completou uma semana hoje, sem perspectiva de desocupação da área.
Parte da obra está parada e não existe água potável para o grupo de manifestantes, formado por índios, pescadores e ambientalistas.
O caso está sendo discutido na Justiça Federal, que até agora resiste a dar uma decisão para a expulsão dos manifestantes e tenta mediar uma solução pacífica.
Segundo o Movimento Xingu Vivo, já são 200 pessoas ocupando o sítio Pimental, um dos cinco canteiros de obras. Por causa da ocupação, as obras em Pimental foram suspensas. Não há estimativa de prejuízo financeiro provocado pela suspensão.
Os invasores reclamam do fechamento do rio Xingu, prestes a ser concluído. Queixam-se também do descumprimento de contrapartidas.
A Justiça determinou no sábado que a Norte Energia, empresa responsável por Belo Monte, fornecesse água potável aos invasores, o que eles afirmam que não ocorreu.
Por enquanto, eles estão bebendo água do rio Xingu.
Uma audiência de conciliação marcada pela Justiça ocorreria ontem, mas foi suspensa porque os invasores não saíram do canteiro, pré-requisito estabelecido.
Eles, porém, dizem que não saíram porque a Norte Energia não quis hospedá-los nos alojamentos da obra, como eles haviam solicitado.
Após o impasse, o provável é que uma nova audiência seja marcada pela Justiça, ainda sem data definida.
A invasão pode atrasar o cronograma da obra, porque está impedindo o término da barragem provisória que vai fechar o rio Xingu.
Belo Monte tem conclusão prevista para 2019 e deve ser a terceira maior hidrelétrica do mundo.
Escrito por Da Redação
Publicado em 15.10.2012, 18:26:00 Editado em 27.04.2020, 20:39:05
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