RIO DE JANEIRO, RJ - Num momento de incertezas quanto aos rumos da economia e de menor nível de confiança de empresários, o BNDES vê desembolsos num nível mais moderado e um pouco inferior no primeiro semestre deste ano.
Sem citar números, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou nesta segunda-feira (18) que os desembolsos dos seis primeiros meses deste ano ficaram abaixo de igual período de 2013, mas ressaltou que esse "nível moderado" já estava dentro do previsto pelo banco.
Os desembolsos são os recursos efetivamente liberados pelo banco dos empréstimos que são contratados pelas empresas. O dinheiro só é repassado à medida que as obras e projetos avancem. Ou seja, se o projeto for postergado ou evoluir num ritmo mais lento, os desembolsos daquele contrato seguirão a mesma toada.
Segundo Coutinho, apesar da "moderação", o destaque ficará com os desembolsos à infraestrutura, com liberações para os setores de energia e rodovias. Também já começam a aparecer projetos de portos entre os desembolsos do primeiro semestre.
Nos primeiros seis meses de 2013, os desembolsos somaram R$ 88,3 bilhões -65% mais do que no mesmo período de 2012. Essa cifra havia sido recorde para o período, turbinada pelos aportes do Tesouro ao banco para criar linhas de crédito com juros abaixo da inflação para setores tidos como estratégicos, como máquinas e equipamentos, tecnologia e inovação e outros.
Apesar do cenário ruim e de menor confiança de empresários, Coutinho disse que o mapeamento do banco dos investimentos, realizado em julho, não mostra perda de ritmo para projetos de longo prazo. "Isso mostra que o atual momento da conjuntura é transitório", disse.
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