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Aplicativo ajuda o consumidor a evitar lojas envolvidas com trabalho escravo

SÃO PAULO, SP - Realidade no campo -onde a fiscalização tende a ser mais frouxa- e nas construções e oficinas de costura das grandes cidades, o trabalho análogo à escravidão também pode estar presente nos produtos consumidos em lojas de grifes dos shoppin

Da Redação

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Aplicativo ajuda o consumidor a evitar lojas envolvidas com trabalho escravo
Icone Camera Foto por Foto: Delair Garcia/ arquivo TNonline
Escrito por Da Redação
Publicado em 22.08.2014, 17:15:00 Editado em 27.04.2020, 20:10:19
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SÃO PAULO, SP - Realidade no campo -onde a fiscalização tende a ser mais frouxa- e nas construções e oficinas de costura das grandes cidades, o trabalho análogo à escravidão também pode estar presente nos produtos consumidos em lojas de grifes dos shoppings do país.

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Para alertar o consumidor, o aplicativo Moda Livre foi lançado originalmente em dezembro 2013 e ajuda o usuário a avaliar que medidas a indústria vem tomando para evitar o uso de trabalho escravo. Gratuito, o app foi atualizado na última segunda-feira (18) e agora monitora 45 empresas.

Disponível para smartphones com sistemas Android (a partir da versão 4) e iOS (a partir da versão 5), o aplicativo foi criado pela ONG Repórter Brasil, que denuncia casos de desrespeito aos direitos humanos por meio reportagens.

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Para avaliar as empresas, os desenvolvedores do aplicativo enviaram um questionário às grandes varejistas do país, com o objetivo de criar um perfil da marca, onde consta, entre outros pontos, o monitoramento que elas fazem para fiscalizar seus fornecedores e um histórico do possível envolvimento dessas empresas em casos de trabalho escravo, segundo o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).

Com bases nessas repostas, as empresas receberam uma pontuação que as classifica em três categorias de cores -verde, amarelo e vermelho-, de acordo com sua conduta. Aquelas que não responderam foram automaticamente incluídas na categoria mais negativa, a vermelha.

Por lei, trabalhos análogos à escravidão se caracterizam por condições degradantes, jornadas exaustivas, trabalho forçado e/ou servidão por dívida.

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RESGATES

Dados da CPT (Comissão Pastoral da Terra) revelam que em 2013, pela primeira vez, o número de trabalhadores resgatados em situação análoga à escravidão foi maior nas áreas urbanas do que nas áreas rurais. Dos 2.242 trabalhadores resgatados no ano passado, 51% foram encontrados exercendo atividade irregular nas cidades, especialmente na construção e no setor têxtil.

Nesta sexta-feira (22), 12 haitianos foram encontrados trabalhando em condições degradantes em uma oficina de costura em São Paulo.

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No início de agosto, o MTE divulgou um levantamento sobre as operações de combate ao trabalho análogo ao de escravo relativo aos primeiros seis meses de 2014.

Durante o primeiro semestre, segundo o ministério, os auditores fiscais realizaram 57 operações que resultaram na autuação de 109 empregadores flagrados utilizando força de trabalho ilegal, com identificação de 421 trabalhadores na condição análoga a de escravo. O número de operações no semestre representa 32% do total realizado em 2013.

No semestre, o município capixaba de Sooretama (a 126 km de Vitória) foi o que teve o maior número de resgates: 86 trabalhadores agrícolas.

O MPT (Ministério Público do Trabalho) recebe denúncias de irregularidades trabalhistas em todo o Brasil, por meio de sua página na internet.

MAIORES RESGATES, POR MUNICÍPIO, NO 1º SEMESTRE DE 2014
ESTADO - MUNICÍPIO - ATIVIDADE - TRABALHADORES RESGATADOS
ES - Sooretama - Agricultura - 86
MG - Belo Horizonte - Construção - 40
GO - Guapo - Construção - 32
SP - Piracaia - Produção de carvão vegetal - 32
PA - Xinguara - Pecuária - 23
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego

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