DIMMI AMORA E ANDRÉIA SADI
BRASÍLIA, DF - O Comitê de Investimentos do FI-FGTS (Fundo de Investimento do FGTS) adiou por um mês a decisão de aplicar recursos em duas empresas, a Estre Ambiental e a Petrobras.
O FI-FGTS é formado por parte do dinheiro do fundo dos trabalhadores e tem como objetivo investir em empresas de capital fechado, seja por meio da compra de ações ou por empréstimo. O patrimônio do fundo é estimado em R$ 30 bilhões.
Conforme a Folha de S.Paulo mostrou nesta terça (23), o FI-FGTS planejava fazer nesta quarta (24) um aporte de R$ 500 milhões para adquirir 10% da Estre Ambiental, maior companhia do setor de coleta e tratamento de lixo do país.
Esse investimento foi alvo de uma guerra entre os grupos empresariais Odebrecht e BTG Pactual. O parecer da área técnica recomendou a aplicação dos recursos apenas se a companhia fizesse uma reestruturação, com a venda de ativos e melhora no perfil de suas dívidas.
Entretanto, o representante da CNI (Confederação Nacional da Indústria) solicitou ampliação do prazo para analisar o processo da Estre. O Comitê de Investimentos do FI-FGTS tem 12 membros, sendo seis indicados pelo governo federal, três pelos trabalhadores e três pelos empresários.
Pelas regras do comitê, o representante da CNI precisará levar o processo na próxima reunião, marcada para outubro. Para o negócio ser aprovado, são necessários nove votos favoráveis.
PETROBRAS
O aporte de cerca R$ 2,5 bilhões na Petrobras para complementação das obras no Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) também teve pedido de vista. Nesse caso, o responsável foi o representante da Caixa Econômica Federal.
O única decisão do FI-FGTS aprovada nesta quarta-feira (24) foi a compra de R$ 630 milhões em debêntures da CCR, empresa do setor de concessões. Os recursos serão aplicados em rodovias.
Escrito por Da Redação
Publicado em 24.09.2014, 19:49:00 Editado em 27.04.2020, 20:08:22
Siga o TNOnline no Google NewsContinua após publicidade
continua após publicidade
Deixe seu comentário sobre: "Fundo de Investimentos do FGTS adia decisão sobre aplicação de R$ 3 bi"