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Farmácias e lojas de vestuário têm maiores margens do varejo

RIO DE JANEIRO, RJ - Dentre os setores do varejo, a maior margem de comercialização é a do setor de produtos farmacêuticos e tecidos, vestuário e calçados. Não são, porém, os ramos que pagam os melhores salários aos seus empregados.Tal perfil extrai-se da

Da Redação

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Farmácias e lojas de vestuário têm maiores margens do varejo
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Escrito por Da Redação
Publicado em 01.10.2014, 12:32:00 Editado em 27.04.2020, 20:07:57
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RIO DE JANEIRO, RJ - Dentre os setores do varejo, a maior margem de comercialização é a do setor de produtos farmacêuticos e tecidos, vestuário e calçados. Não são, porém, os ramos que pagam os melhores salários aos seus empregados.

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Tal perfil extrai-se da Pesquisa Anual do Comércio de 2012, divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira (1º). A margem era de 72% para vestuário e 59,6% para o ramo farmacêuticos. Os segmentos remuneravam, em média, seus trabalhadores com 1,4 salário mínimo e 1,7 salários mínimo.

Uma das explicações é que os ramos são muito pulverizados, com empresas de menor porte (e menos barganha com fornecedores) e a necessidade de ter proporcionalmente mais empregados.A mesma lógica, porém, serve ao ramo do pequeno varejo de alimentos, bebidas e fumo. Esse ramo, porém, que sofre com a concorrência de grandes redesde supermercados tem uma margem menor: 38,7%. Paga também baixos salários: 1,2 mínimo em 2012.

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Os supermercados e hipermercados tem uma margem de 25,9% e um salário médio de 1,7 mínimo.

A margem de comercialização é o retorno do empresário, pois excluí custos relativos à compra dos produtos do atacado ou diretamente da indústria. Com essa receita que "sobra", paga empregados e impostos.

No comércio de veículos, nota-se um cenário parecido. Os revendedores de peças têm um retorno de 41,2%. Já os de automóveis, caminhões e outros conseguiam uma margem de 12,7%. Nesse caso, uma explicação é o custo maior de veículos, a necessidade de menos empregados e o porte maior das distribuidoras de veículos (que também têm mais força nas negociações de preço com a indústria), segundo o IBGE.

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Juliana Paiva, pesquisadora da coordenação de comércio do IBGE, nos últimos anos não houve mudança significativa nas margens de cada setor nem nos salários, matando-se a estrutura desde 2007 quase que estável. Os números, porém, estão acima de outros países para os mesmos setores.


FATURAMENTO, EMPREGO E SALÁRIO

Pelos dados do IBGE, o comércio como um todo (varejo, atacado e veículos) aumentou seu faturamento em 13,2% de 2011 para 2012. O destaque foi o ramo varejista: alta de 16,4%. O mesmo se deu no emprego e nos salários e outras remunerações (bônus etc): o varejo ampliou vagas em 6,8%, acima da média do comércio (6,4%), e aumentou o rendimento dos trabalhadores em 14,2%. Os números representam o ganho real, descontada a inflação.

Paiva diz que tal cenário já não mais existe. Os dados recentes do comércio mostram fraco crescimento do volume de vendas e do faturamento, o que tende a resultar em menores salários, já que o setor remunera boa parte dos seus empregados por comissão ou bônus por metas obtidas. A previsão é que o comércio varejista cresça neste ano 4%.

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