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2 - Ex-OGX, de Eike, estende previsão de produção para campo de Tubarão Azul

SAMANTHA LIMA RIO DE JANEIRO, RJ - O presidente da Ogpar, ex-OGX, Paulo Narcélio, anunciou, pela segunda vez neste mês, revisão na estimativa de encerramento da produção do campo de Tubarão Azul. Agora, em vez de dezembro de 2014, a empresa criada por E

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.10.2014, 20:48:00 Editado em 27.04.2020, 20:06:43
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SAMANTHA LIMA
RIO DE JANEIRO, RJ - O presidente da Ogpar, ex-OGX, Paulo Narcélio, anunciou, pela segunda vez neste mês, revisão na estimativa de encerramento da produção do campo de Tubarão Azul.
Agora, em vez de dezembro de 2014, a empresa criada por Eike Batista espera produzir petróleo no campo até março de 2015, informou o executivo nesta segunda-feira (20). Quando retomou sua produção, em fevereiro passado, a companhia previa que o reservatório secasse em setembro.
A produção diária do poço, localizado na Bacia de Campos, está na faixa de 3 mil barris de óleo por dia, 25% abaixo da média do primeiro semestre.
Caso a previsão de sobrevida se confirme, a receita adicional proporcionada por Tubarão Azul –caso consiga manter a produção em 3 mil barris por dia– seria de cerca de R$ 55 milhões por trimestre, ou o equivalente a quase 11% da receita do 1º semestre de 2014.
A empresa ainda não divulgou o balanço do 3º trimestre.
Os custos de "leasing" de plataforma e operação, segundo o balanço do 2º semestre, são da ordem de R$ 26 milhões em Tubarão Azul.
O executivo não explicou o motivo de sobrevida do reservatório. Disse apenas que a produção "vem se mantendo".
NOVOS DONOS
Na semana passada, acionistas da OGX aprovaram em assembleia a troca de dívida por ações prevista no plano de recuperação judicial.
A decisão livrou Eike da dívida de R$ 13,8 bilhões da petroleira e também tirou dele o controle da empresa, uma vez que os credores passarão a ter 71,4% da companhia.
Eike tornou-se, assim, minoritário na empresa que criou e que, com a forte crise, derrubou todo o império.
Antes dono de quase 51% da companhia, agora tem 19% de participação –14% diretamente e 5% por meio do estaleiro OSX, que controla.
Outros minoritários da ex-OGX também foram diluídos e passam, de quase 50% a 14% da empresa.
No segundo trimestre de 2015, haverá outra diluição, com a conversão de empréstimos de US$ 215 milhões em participação, e o empresário terá apenas 9% da petroleira.
Segundo Narcélio, com a enorme dívida transformada em ações, a Ogpar tem patrimônio líquido de US$ 3 bilhões. "Somos uma das maiores empresas independentes de petróleo e gás do Brasil."
Ainda segundo Narcélio, o prazo de dois anos para a conclusão da recuperação judicial é suficiente para que a empresa consiga se reerguer.
"Os principais marcos do plano foram cumpridos. O plano propiciou à companhia uma transformação impressionante em período tão curto.
A decisão de exercício da PUT (opção de venda de ações no valor de US$ 1 bilhão que Eike concedeu à OGX em 2012 e depois, em 2013, se negou a cumprir) vai caber aos conselheiros da Ogpar, em data ainda não definida, diz Narcélio, com base em pareceres de juristas contratados pela empresa.
HISTÓRICO
Tubarão Azul teve a produção iniciada em 2012, mas dificuldades operacionais levaram a então OGX a interromper a produção no ano passado.
A empresa chegou a perfurar três poços no campo, mas a produção não se manteve constante. A extração de petróleo foi retomada em fevereiro, com apenas um poço em operação.
Entre 2011 e 2012, a OGX informou ao mercado que Tubarão Azul tinha reserva potencial de 110 milhões de barris. A produção estimada era de 40 mil barris por dia.
Ao final, a reserva era de cerca de 6 milhões de barris. Desses, já foram extraídos cerca de 5,8 milhões.
O outro reservatório da Ogpar que produz é Tubarão Martelo, também na Bacia de Campos, de onde são extraídos 14 mil barris de quatro poços no campo.
Outros dois poços estão sendo feitos e devem entrar em produção no fim de 2015, prevê a companhia.
Isso demandará investimentos entre US$ 200 milhões e US$ 500 milhões, diz Narcélio. Ele afirmou que a empresa ainda busca forma de financiamento.
A Ogpar está em recuperação judicial.

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