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Contas públicas têm deficit pela 1ª vez no acumulado do ano

EDUARDO CUCOLOBRASÍLIA, DF - As contas do setor público fecharam o mês de setembro com o maior resultado negativo já contabilizado pelo Banco Central.O déficit primário (resultado antes do pagamento de juros) ficou em R$ 25,5 bilhões, maior valor da série

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 31.10.2014, 12:07:00 Editado em 27.04.2020, 20:06:21
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EDUARDO CUCOLO

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BRASÍLIA, DF - As contas do setor público fecharam o mês de setembro com o maior resultado negativo já contabilizado pelo Banco Central.

O déficit primário (resultado antes do pagamento de juros) ficou em R$ 25,5 bilhões, maior valor da série histórica iniciada em dezembro de 2001. O recorde negativo anterior havia sido verificado em dezembro de 2008 (R$ 21 bilhões).

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Esse foi o quinto mês seguido em que União, Estados e municípios ficam no vermelho, situação inédita na contabilidade pública.

O número não considera os gastos com os juros da dívida pública, que somaram R$ 43,9 bilhões no mês. Com isso, o deficit público total foi de R$ 69,4 bilhões, valor que também é inédito.

É também a primeira vez em que o resultado primário acumulado no ano fica negativo, um rombo de R$ 15,3 bilhões entre janeiro e setembro.

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INFLAÇÃO

O BC já havia informado que não contava mais com a ajuda das contas públicas para o combate à inflação, já que o comportamento de receitas e despesas neste ano seria um fator de pressão sobre os preços. Na quarta-feira (29), a instituição elevou a taxa básica de juros resposta à deterioração no cenário para a inflação.

A piora nas contas públicas também é um fator que pode levar a um rebaixamento da nota de crédito do país.

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A meta de economia prevista em lei para este ano é um superavit de R$ 116 bilhões, com desconto de até R$ 67 bilhões. Ou seja, o superavit tem de ficar no mínimo em R$ 49 bilhões. O governo chegou a fixar meta informal de quase R$ 100 bilhões, mas os números indicam que nenhum dos objetivos deve ser alcançado neste ano.

DÍVIDA

A dívida líquida do setor público, que depende mais do comportamento do dólar do que do resultado primário, ficou estável de agosto para setembro, em 35,9% do PIB. Esse indicador considera o endividamento menos os ativos, com as reservas em dólar.

Já a dívida bruta subiu de 60,1% para 61,7% do PIB. O percentual só é superado pelos resultados verificados entre agosto e novembro de 2009, quando chegou a 63,1% do PIB.

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