SÃO PAULO, SP - Sindicatos ligados a duas centrais devem fazer protestos, paralisações e participar da "Manifestação das manifestações", prevista para ocorrer amanhã. O nome do ato é em alusão a "Copa das copas", expressão usada pela presidente Dilma em seus discursos.
Na Força Sindical, 15 mil metalúrgicos de São Paulo devem parar fábricas das regiões leste, sul e oeste da cidade. Entre as metalúrgicas que podem ter as atividades paralisadas estão: Lorenzetti (Mooca), Alstom (zona oeste) e MWM (zona sul).
Nas três zonas da capital, haverá pontos de concentração e de lá os trabalhadores podem seguir em passeata para locais próximos.
Segundo o presidente da central, Miguel Torres, empresas do ramo eletroeletrônico, autopeças, montadoras e de outros setores enfrentam dificuldade econômica e podem demitir. Por essa razão, a categoria se mobilizou.
"Há muita preocupação com recessão, desemprego, e encarecimento do crédito. Empresas concedem férias coletivas, a produção está baixa e podem demitir", diz. "Não podemos ficar parados. O Brasil precisa reduzir juros e ter uma política industrial efetiva. A presidente Dilma disse que o país está vivendo pleno emprego, mas estamos sem plena produção e investimentos", afirma.
Na CSP-Conlutas (Central Sindical Popular), são ao menos cinco as categorias profissionais que devem fazer protestos amanhã: professores da rede municipal de Belo Horizonte, rodoviários do Rio, operários da construção civil de Fortaleza e de Belém, metalúrgicos de Minas Gerais e uma parte dos metroviários de SP.
"As manifestações de quinta, dia 15, são parte do calendário já definido de atos contra Copa, contra o mau uso de recursos públicos. É o primeiro dos grandes atos que devem ocorrer nas próximas semanas. O maior deles será no dia 12 de junho, quando ocorre a abertura do evento esportivo," diz José Maria de Almeida, um dos coordenadores da central.
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