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Alckmin anuncia reajuste para as polícias, mas desagrada delegados

SÃO PAULO, SP - O governo Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou nesta terça-feira (24) reajuste salarial de 8% para policiais militares e de 6% para policiais civis - exceto delegados - e técnico-científicos. Os reajustes valerão também para pensionistas e inat

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.06.2014, 23:00:00 Editado em 27.04.2020, 20:12:39
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SÃO PAULO, SP - O governo Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou nesta terça-feira (24) reajuste salarial de 8% para policiais militares e de 6% para policiais civis - exceto delegados - e técnico-científicos. Os reajustes valerão também para pensionistas e inativos.
Agentes de segurança penitenciária também receberão reajuste de 6%.
O governador afirmou, em evento no Palácio dos Bandeirantes, que enviará à Assembleia Legislativa nesta quarta (25) o projeto de lei com os reajustes, para votação em regime de urgência. Aprovados, os novos salários passarão a valer em 1º de agosto.
Segundo o governo, delegados não foram contemplados desta vez porque já tiveram aumento de 9,8% em janeiro, em virtude de a carreira ter passado a ser considerada uma carreira jurídica.
Na ocasião, apenas delegados da ativa tiveram o aumento, que agora passará a valer também para delegados aposentados.
Presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, a delegada Marilda Pinheiro disse que não está satisfeita com o anúncio e que espera um "reconhecimento real" da categoria como carreira jurídica, que vá além dos 9,8% concedidos em janeiro.
"São Paulo está no 26º lugar no ranking salarial dos delegados do país. Ganhamos um terço do que ganham as outras carreiras jurídicas [como juízes e promotores]", disse.
Segundo ela, o salário inicial bruto de um delegado no Estado é de cerca de R$ 8 mil.
Nesta quarta (25), os delegados paralisarão as atividades nas delegacias das 15h às 18h para fazer a chamada Operação Vermelha, que consistirá em explicar à população as reivindicações por melhores salários e estrutura.
A Folha não conseguiu localizar representantes das associações de investigadores da Polícia Civil e de cabos e soldados da PM para questioná-las sobre os reajustes anunciados.
No início deste mês, a Associação de Cabos e Soldados fez uma manifestação em frente ao Itaquerão, na zona leste da capital, para pedir ao governo reajuste de 19%. À época, a gestão Alckmin não havia feito contraproposta.
"VALORIZAÇÃO"
"Este [reajuste] foi um esforço muito grande feito, porque a arrecadação neste ano é baixa, em razão do baixo crescimento do PIB, do baixo crescimento da economia", disse Alckmin.
"O custo por ano, somando Polícia Militar, Civil e Científica e Administração Penitenciária, vai dar R$ 498 milhões [a mais]", acrescentou.
Segundo o governo, desde 2011, a PM teve aumento real (acima da inflação, pelo IPCA) de 23,2%. Escrivães e investigadores, 29,9%, e delegados, 44,3%.
Questionado sobre os reajustes diferenciados concedidos às duas polícias, o secretário da Segurança, Fernando Grella, disse que "essa diferenciação [ocorre] em razão de limitações orçamentárias".
Para a PM, o projeto apresentado prevê também a contratação de policiais inativos para funções administrativas. Essa medida, segundo a Secretaria de Segurança, vai liberar cerca de 8% do efetivo da PM para atuar nas ruas.
Há ainda outras medidas previstas que, segundo o governo, compõem um pacote de valorização da carreira policial.
O pacote foi anunciado em meio a uma explosão de roubos no Estado. Devido à alta dos crimes contra o patrimônio, o programa de bônus para policiais que batessem metas, criado em janeiro, naufragou no primeiro trimestre. Os homicídios, por outro lado, vêm apresentando queda.

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