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Ensino em município não isenta Estado, diz especialista

A falta de alinhamento pedagógico e de cooperação entre União, Estados e municípios são gargalos para aperfeiçoar a partilha de responsabilidades sobre o ensino fundamental. Segundo especialistas, a ausência de normas sobre os sistemas de colaboração entr

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 28.07.2014, 10:57:02 Editado em 27.04.2020, 20:11:01
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A falta de alinhamento pedagógico e de cooperação entre União, Estados e municípios são gargalos para aperfeiçoar a partilha de responsabilidades sobre o ensino fundamental. Segundo especialistas, a ausência de normas sobre os sistemas de colaboração entre governos afeta redes de todo o País.

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Assumir a rede de ensino não é obrigatório: depende de interesse das prefeituras e também de aprovação dos Legislativos locais. As cooperações entre Estado e cidade são feitas por convênios ou programas de articulação, que podem oscilar com eventuais trocas de gestão.

"Se o ensino fundamental ficar com o município, não significa que o Estado está isento", afirma Mozart Neves Ramos, integrante do Conselho Nacional de Educação. "O Estado tem de ajudar com projetos pedagógicos, com formação de professores, financeiramente", completa.

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Como não foram regulamentadas em lei, essas colaborações passaram a ser estabelecidas por alianças políticas, explica Angela Martins, pesquisadora da Fundação Carlos Chagas. "Principalmente nas pequenas cidades, as secretarias municipais não estão capacitadas, precisam de um suporte técnico, que é caro", aponta.

De acordo com Ilona Becskeházy, especialista em educação, o processo de municipalização paulista foi fragmentado. "Poderia unificar, com grande articulação do Estado, para garantir metas mais ambiciosas", aponta. "Se o Estado defende um plano mais ousado para sua própria rede, também puxa os municípios", sugere.

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo afirma que acompanha e oferece ajuda técnica e pedagógica às redes locais, além de repasses de recursos. Das cidades que fizeram a municipalização, 593 firmaram convênio com o Estado, modelo utilizado desde 1995. Outros 36 montaram uma rede própria.

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Partilha. Para equilibrar a divisão entre redes, Mozart Ramos defende que o município fique apenas com o ciclo 1 do fundamental. "Acredito que municipalizar (as séries finais) é um equívoco. Há cidades que não estão dando conta nem das séries iniciais", explica.

Mas ele ressalta que é necessário diálogo entre o primeiro e o segundo ciclo do fundamental para evitar descontinuidade na transição de etapas. "De maneira que a criança, ao terminar um ciclo, tenha aprendido o que é essencial para ter êxito no seguinte", afirma.

O descompasso entre as redes também é um dos motivos da evasão de estudantes do 5º para o 6º ano do fundamental, apontam os especialistas.

As informações são do jornalO Estado de S. Paulo.

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