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Entenda o caso do médico que foi condenado a mais de 270 anos de prisão

SÃO PAULO, SP - O médico Roger Abdelmassih, um dos mais famosos especialistas em reprodução assistida do país, foi preso nesta terça-feira (19) no Paraguai após três anos foragido. Ele foi condenado a 278 anos de prisão por 52 estupros e atentado violento

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 19.08.2014, 15:58:00 Editado em 27.04.2020, 20:10:28
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SÃO PAULO, SP - O médico Roger Abdelmassih, um dos mais famosos especialistas em reprodução assistida do país, foi preso nesta terça-feira (19) no Paraguai após três anos foragido. Ele foi condenado a 278 anos de prisão por 52 estupros e atentado violento ao pudor, e estava no topo da lista de procurados pela polícia paulista.

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O caso foi denunciado pela primeira vez ao Ministério Público em abril de 2008, por uma ex-funcionária do médico. Depois, diversas pacientes com idades entre 30 e 40 anos bem-sucedidas profissionalmente disseram ter sido molestadas quando estavam na clínica.

As mulheres dizem ter sido surpreendidas por investidas do médico quando estavam sozinhas -sem o marido e sem enfermeira presente (os casos teriam ocorrido durante a entrevista médica ou nos quartos particulares de recuperação). Três afirmam ter sido molestadas após sedação.

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Em agosto de 2008, Abdelmassih foi intimado pelo Ministério Público a depor, mas não compareceu. Mesmo assim, o órgão ofereceu denúncia à Justiça, recusada porque a juíza Kenarik Boujikian entendeu que a investigação é atribuição exclusiva da polícia.

Um inquérito foi aberto pela polícia, mas desapareceu do Departamento de Inquéritos Policiais em novembro de 2008. Ele foi encontrado um mês depois, possibilitando o reinício das investigações.

Em junho de 2009, Abdelmassih foi indiciado pela polícia. Na época, a defesa de Abdelmassih afirmou que ele teve seu direito de defesa cerceado e que a Polícia Civil descumpriu a determinação do Supremo.

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Segundo um dos advogados do médico, Adriano Vanni, na época, a polícia antecipou o depoimento sem maiores explicações, antes que a defesa pudesse ter acesso às acusações.

Em agosto de 2009, o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) abriu 51 processos éticos contra o médico. Os conselheiros do

órgão avaliaram que as denúncias eram pertinentes e decidiram pela abertura dos processos. O diploma dele foi cassado definitivamente pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina de SP) no dia 20 de maio.

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Formalmente, Abdelmassih foi acusado de estupro contra 39 ex-pacientes, mas como algumas relataram mais de um crime, há 56 acusações contra ele. Desde que foi acusado pela primeira vez, Abdelmassih negou por diversas vezes ter praticado crimes sexuais contra ex-pacientes. O médico afirma que vem sendo atacado há aproximadamente dois anos por um "movimento de ressentimentos vingativos".

Abdelmassih também já chegou a afirmar que as mulheres que o acusam podem ter sofrido alucinações provocadas pelo anestésico propofol, usado durante o tratamento de fertilização in vitro. De acordo com ele, as pacientes podem "acordar e imaginar coisas".

Em 2010, o ex-médico foi condenado em primeira instância a 278 anos de prisão por uma série de estupros de pacientes. Segundo sua defesa na época, o médico nunca fica sozinho com suas pacientes na clínica, estando sempre acompanhado por uma enfermeira.

Ele estava foragido desde janeiro 2011, quando a Justiça determinou sua prisão. Ele chegou a fazer pedidos de habeas corpus mesmo durante o período em que esteve foragido, mas foram negados.

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