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Rússia adaptará estratégia militar em resposta à presença da Otan

SÃO PAULO, SP - A Rússia irá alterar sua estratégia militar por causa da presença da Otan do leste europeu, afirmou nesta terça-feira (2) Mikhail Popov, secretário adjunto do Conselho de Segurança Nacional da Rússia. A Otan (aliança militar ocidental) a

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 02.09.2014, 09:54:00 Editado em 27.04.2020, 20:09:43
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SÃO PAULO, SP - A Rússia irá alterar sua estratégia militar por causa da presença da Otan do leste europeu, afirmou nesta terça-feira (2) Mikhail Popov, secretário adjunto do Conselho de Segurança Nacional da Rússia.
A Otan (aliança militar ocidental) anunciou na segunda-feira (1º) a criação de uma força-tarefa com 4.000 soldados para possível reação ao movimento russo no leste da Ucrânia, onde forças do governo combatem separatistas alinhados com a Rússia.
O plano, que ainda deve ser aprovado em uma reunião dos 28 membros da aliança no País de Gales nesta semana, "demonstra que os líderes dos Estados Unidos e da Otan querem continuar com sua política de agravar as tensões com a Rússia", disse Popov à agência Ria Novosti.
"Quando a doutrina de defesa da Rússia for atualizada este ano, entre as ameaças militares estrangeiras será incluído o plano da Otan de ampliar a presença em nossa fronteira", afirmou Popov.
Na reunião de quinta (4) e sexta-feira (5) da Otan em Gales, os líderes da aliança pretendem adotar um plano de ação para dar segurança aos países aliados do leste europeu, que consideram estar sob ameaça da Rússia.
A Otan mobilizará "forças de reação extremamente rápida, com capacidade de deslocamento em um prazo de tempo muito curto", afirmou na segunda-feira o secretário-geral da Aliança, Anders Fogh Rasmussen.
A Ucrânia e seus aliados ocidentais acusam a Rússia de ajudar os rebeldes, enviando armas e soldados, o que Moscou nega.
NEGOCIAÇÃO
O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse nesta terça que a decisão da Ucrânia de querer fazer parte da Otan mina os esforços para acabar com a guerra no leste do país.
O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, disse na sexta-feira (29) que seu governo vai pedir ao Parlamento que o país abandone o status de "não-alinhado", o que abre caminho para o processo de adesão à Otan.
As conversas entre representantes ucranianos, separatistas e russos em Minks, nesta segunda, terminou sem acordo. A negociação deve voltar na sexta-feira.
Lavrov disse esperar que as conversas em Minsk sejam um exemplo de buscar a solução pelo compromisso e não "impondo seu ponto de vista".
SANÇÕES
A União Europeia vai decidir sobre um pacote de novas sanções contra a Rússia na sexta-feira, disse a ministra das Relações Exteriores italiana, Federica Mogherini, em fala ao Parlamento Europeu, pedindo a "resposta mais forte possível."
Mogherini, que será a próxima chefe de política externa do bloco, disse que a Comissão Europeia, o braço executivo da UE, vai apresentar um pacote reforçado de sanções contra a Rússia na quarta-feira.
Embaixadores da UE se reunirão na quinta-feira e a decisão será tomada até sexta-feira, disse Mogherini.
Mogherini não quis dar detalhes do pacote de sanções, mas disse que teria como alvo quatro setores da Rússia –incluindo defesa, bens de dupla utilização e finanças.
Os líderes da UE decidiram em uma cúpula no sábado (30) que o envolvimento direto das tropas russas no conflito na Ucrânia exigia uma intensificação das sanções impostas até agora, a menos que a Rússia retire seus soldados do país.
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse na segunda-feira que o comportamento de Moscou na Ucrânia não deve ficar sem resposta, mesmo que as novas sanções prejudiquem a economia alemã, que depende do gás russo importado.
TOMAR KIEV
Um comentário do presidente russo, Vladimir Putin, de que a Rússia poderia capturar Kiev. capital da da Ucrânia, em duas semanas foi colocado fora do contexto, disse um assessor de política externa do Kremlin nesta terça, segundo a agência de notícias Itar-Tass.
Yuri Ushakov disse que, se essas palavras foram mesmo pronunciadas, a frase "foi tirada do contexto e tinha um significado totalmente diferente".
O jornal italiano "La Repubblica" havia informado que Putin disse ao presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, em uma conversa telefônica: "se eu quiser, posso tomar Kiev em duas semanas".
O comentário teria sido transmitido por Barroso a líderes na cúpula da União Europeia na semana passada.
REFUGIADOS
Mais de um milhão de pessoas foram deslocadas pelo conflito no leste da Ucrânia, incluindo 814 mil ucranianos que foram para Rússia, segundo a agência de refugiados da ONU, Acnur, disse nesta terça.
O número de deslocados internos quase dobrou nas últimas três semanas para, pelo menos, 260 mil, segundo o órgão.
Só em agosto, 66 mil ucranianos solicitaram asilo a Moscou. Segundo o serviço russo de migrações, o número total de ucranianos que solicitaram asilo no país neste ano chegou a 121.190 pessoas.
Além disso, outras 138.825 pessoas solicitaram outras formas administrativas de residência na Rússia, embora a grande maioria está entrando no país graças ao regime de exceção de visto para os ucranianos.
Além disso, outros 4.106 ucranianos solicitaram asilo na União Europeia, especialmente na Polônia (1.082), Alemanha (556), Suécia (500) e Belarus (380),
Cerca de 2.600 pessoas morreram desde que os combates entre o Exército ucraniano e os separatistas começaram em abril.
CONFLITO
Quinze soldados ucranianos morreram nas últimas 24 horas no conflito no leste do país, anunciou o porta-voz militar ucraniano, Andri Lysenko.
Os combates afetam o sudeste da região de Donetsk, perto das localidades de Komsomolske, Vasylivka e Rozdolne, "onde há combatentes rebeldes e tropas do Exército russo", segundo fontes da operação militar ucraniana.

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