MAIS LIDAS
VER TODOS

Geral

Ativistas pró-democracia ameaçam protestar em Pequim

MARCELO NINIO PEQUIM, CHINA - Depois de um mês ocupando uma área central de Hong Kong, ativistas pró-democracia estão considerando dar um passo além: viajar a Pequim para confrontar o governo chinês. Frustrados por não chegar nem perto de obter o que e

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 31.10.2014, 14:48:00 Editado em 27.04.2020, 20:06:20
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

MARCELO NINIO
PEQUIM, CHINA - Depois de um mês ocupando uma área central de Hong Kong, ativistas pró-democracia estão considerando dar um passo além: viajar a Pequim para confrontar o governo chinês.
Frustrados por não chegar nem perto de obter o que exigem, os estudantes que lideram o movimento ameaçam levar o protesto até o poder central em Pequim, que detém a palavra final sobre o que ocorre em Hong Kong.
Os estudantes rejeitam as restrições impostas pelo governo chinês à escolha dos candidatos para a eleição do próximo chefe do Executivo de Hong Kong, marcada para 2017. Acusam Pequim de não cumprir a promessa de permitir o sufrágio universal.
Alex Chow, líder da Federação de Estudantes de Hong Kong, disse que é hora de "mostrar ao mundo e ao governo" que as regras devem ser revogadas. Num discurso a manifestantes, Chow sugeriu a manifestantes que se dirijam diretamente ao governo de Pequim.
Uma das ideias seria levar o protesto à capital chinesa durante a cúpula do fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC na sigla em inglês). Cercado de um enorme esquema de segurança, o encontro será realizado em Pequim nos dias 10 e 11 de novembro, quando o líder chinês, Xi Jinping, receberá os chefes de Estado dos EUA, Rússia e Japão, entre outros.
Após um século e meio como colonia britânica, Hong Kong retornou ao domínio da China em 1997, sob a fórmula "um país, dois sistemas", que prevê uma relativa autonomia em relação a Pequim. Seus residentes precisam de uma autorização de Pequim para visitar a China continental, o que torna improvável o plano dos estudantes de levar o protesto às portas do governo central.
"Se não pudermos passar pela alfândega será uma mensagem de Pequim de que eles não se importam com a opinião dos cidadãos de Hong Kong", disse Chow.
A pretensão dos estudantes de confrontar Pequim, mesmo que dificilmente se realize, mostra que o impasse está longe de acabar. O governo chinês considera o movimento ilegal e intensificou a censura sobre o assunto temendo que houvesse um contágio na China continental. Pequim encarregou as autoridades de Hong Kong de lidar com a crise, mas houve apenas uma tentativa de negociação, que não produziu avanços.
Alguns veteranos ativistas pró-democracia de Hong Kong estão barrados há anos de entrar na China. Um exemplo é a líder do Partido Democrático, Emily Lau, conforme explicou à Folha de S.Paulo no início de setembro, pouco o sistema eleitoral ser anunciado.
"Há mais de 20 anos eu estou proibida de botar os pés na China continental", disse Lau. "Para eles eu sou pior que terrorista."

continua após publicidade

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Geral

    Deixe seu comentário sobre: "Ativistas pró-democracia ameaçam protestar em Pequim"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!