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Porto de Antonina não recebe navio há 50 dias

O Porto de Antonina, no litoral do estado, não recebe um navio desde o dia 20 de fevereiro. A falta de embarcações nos últimos 50 dias levou a movimentação de cargas ao índice zero. O motivo da paralisação das operações é a redução do calado (parte sub

Da Redação

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 Porto de Antonina em 2011, ano em que recebeu 10 navios por mês e bateu recorde na movimentação de fertilizantes
Icone Camera Foto por Arnaldo Alves/ Gazeta do Povo
Porto de Antonina em 2011, ano em que recebeu 10 navios por mês e bateu recorde na movimentação de fertilizantes
Escrito por Da Redação
Publicado em 10.04.2012, 09:05:00 Editado em 27.04.2020, 20:43:13
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O Porto de Antonina, no litoral do estado, não recebe um navio desde o dia 20 de fevereiro. A falta de embarcações nos últimos 50 dias levou a movimentação de cargas ao índice zero. O motivo da paralisação das operações é a redução do calado (parte submersa do navio) para 6 metros, o que inviabilizada a entrada de navios de médio e grande portes. Na batimetria anterior (mecanismo para medição da profundidade), o Porto estava funcionando com um calado de 7,1 metros. Para as empresas que operam no Porto, a retomada das operações passa pela dragagem emergencial da baia.

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“Como o Porto aqui é fundo de baia necessita de dragagem permanente. O berço está assoreado”, afirma Jean Rodrigues da Veiga, presidente do Sindicato dos Estivadores de Antonina, com cerca de 150 associados. “O prejuízo é grande e a saída é uma dragagem emergencial”, complementa.

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De acordo com a entidade, o último serviço de dragagem realizado em Antonina foi em 2002. “Naquela época, nós chegamos a ter 15 metros de calado na maré alta”, reforça Veiga.

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No ano passado, Antonina registrou média de 10 navios por mês fazendo com que a carga movimentada em importações e exportações fosse a maior desde 2007. Atualmente, o principal produto que passa pelos terminais da autarquia é o fertilizante, sempre importado em grandes quantidades. “Esse tipo de carga exige navios de médio e grande portes”, diz o presidente do Sindicato.

Para o presidente interino do terminal privado da Ponta do Félix, Edmilson Garanhi, a situação atual preocupa. A empresa está aguardando que a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) providencie o processo de dragagem para voltar a operar. Porém, sem a expectativa de que o problema esteja resolvido no curto prazo. “No mínimo uns dois meses para solucionar tudo. A solução imediata seria trabalhar com navios pequenos que consigam entrar, como por exemplo, de açúcar. Eles atracariam vazios e encheríamos até o limite do calado. Mas a safra começa apenas em julho”, ressalta.

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Dragagem

De acordo com a Appa, o processo licitatório da dragagem de pontos críticos, que contempla os portos de Paranaguá e Antonina, orçado em R$ 38 milhões, está em fase final de conclusão. A expectativa é de que em 20 dias o serviço seja iniciado. “O procedimento administrativo para a dragagem está em curso desde dezembro. Se tivermos o aval jurídico dentro dos prazos programados, poderemos começar o serviço em 20 dias”, explica o superintendente da Appa, Luiz Henrique Tessutti Dividino, que assumiu o cargo no final do mês passado. O serviço deve aumentar o calado do Porto de Antonina para, no mínimo, 8,8 metros, afirma a Appa. “O ideal é 9,5 metros”, rebate Veiga.

Ainda segundo o superintendente, a autarquia vai abrir um novo processo de licitação para o serviço de dragagem de manutenção até o final do ano.

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