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Justiça suíça aponta depósito de US$ 2,7 milhões para principal secretário de Covas

FLÁVIO FERREIRA E MARIO CESAR CARVALHO SÃO PAULO, SP - A Justiça suíça descobriu que uma empresa estrangeira atribuída a Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, recebeu US$ 2,7 milhões (o equivalente a R$ 6 milhões) entr

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 13.05.2014, 20:46:00 Editado em 27.04.2020, 20:14:48
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FLÁVIO FERREIRA E MARIO CESAR CARVALHO
SÃO PAULO, SP - A Justiça suíça descobriu que uma empresa estrangeira atribuída a Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, recebeu US$ 2,7 milhões (o equivalente a R$ 6 milhões) entre 1998 e 2005.
Decisão do Tribunal Federal de Bellinzona, na Suíça, aponta que várias fontes abasteceram a conta da companhia Higgins Finance, controlada por Marinho, segundo o Ministério Público.
Marinho é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e foi o principal secretário do governador Mário Covas (PSDB) entre 1995 e 1997.
O depósito na conta foi revelado na edição de hoje do jornal "O Estado de S. Paulo".
Uma das depositantes é empresa MCA, cujo ex-dono, Romeu Pinto Júnior, admitiu à Promotoria que a companhia foi usada pela multinacional francesa Alstom para pagar propinas no Brasil.
A informação é um dos fundamentos da sentença da corte estrangeira que aprovou o envio de documentos bancários de Marinho para o Brasil, em março.
O promotor de Justiça José Carlos Blat diz que "a decisão representa um grande vitória contra a corrupção internacional" e permitirá a obtenção de novas provas contra o conselheiro do TCE.
Marinho é investigado desde 2008 sob suspeita de ter ajudado a Alstom a obter um contrato de R$ 188 milhões, em valores atualizados, com a Eletropaulo e a EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia). Marinho sempre negou ter conta na Suíça e ter recebido suborno da Alstom.
A apuração foi parcialmente anulada, mas em 2011 a Alstom teve de pagar uma multa de US$ 42 milhões por não ter mecanismos suficientes para evitar lavagem de dinheiro.
A Alstom manifestou em nota "seu veemente repúdio quanto às insinuações de que possui política institucionalizada de pagamentos irregulares para obtenção de contratos".
Segundo a nota, "a empresa nunca se negou a prestar os esclarecimentos solicitados pelas autoridades quando tem prévio acesso aos documentos, mas lamenta que o alegado conteúdo de investigações sobre supostas condutas ocorridas há quase 20 anos, que por obrigação legal deveriam ser tratadas de forma sigilosa, venham a ser utilizadas de forma reiterada e desproporcional nos dias de hoje com o claro intuito de prejudicar a imagem de uma empresa que cumpre absolutamente com todas as suas obrigações legais".
O advogado de Marinho, Celso Vilardi, diz que não comentaria o documento por considerá-lo uma prova ilícita, já que parte da investigação em torno da Alstom foi anulada na Suíça. Ele diz acreditar que a prova também será anulada no Brasil.

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