SÃO PAULO, SP - Em meio à série de protestos de sem-teto nas últimas semanas e outro previsto para amanhã, a Câmara aprovou na noite de ontem um projeto do prefeito Fernando Haddad (PT) que autoriza a liberação de verba municipal para complementar o programa federal Minha Casa, Minha Vida.
Os aportes financeiros são a fundo perdido. De acordo com o texto, a Secretaria Municipal poderá destinar R$ 20 mil por unidade habitacional, como contrapartida aos financiamentos federais.
O texto ainda irá a segunda votação.
A gestão Haddad tem como meta entregar 55 mil unidades até o fim do mandato (2016).
Nos últimos dois meses, a gestão Haddad vem sofrendo forte pressão dos movimentos de moradia, que prometem fazer protestos simultâneos em seis pontos da cidade amanhã.
Os atos vem sendo organizado pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto). O movimento fez pelo menos duas grandes invasões desde o início do ano. Uma delas, conhecida como Nova Palestina, está localizada na região do Jardim Ângela (zona sul). A outra é a "Copa do Povo", que reúne cerca de 2 mil famílias num terreno a cerca de 3 quilômetros do Itaquerão.
Na semana passada, os líderes do MTST foram recebidos pela presidente Dilma Rousseff, que prometeu avaliar soluções de moradia para os invasores da área da zona leste.
Os sem-teto também fizeram protestos na Câmara para a aprovação do Plano Diretor da cidade, que prevê a ampliação das áreas para moradias populares na cidade.
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