Os candidatos à Presidência Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) trocaram críticas sobre corrupção nesta quarta-feira (17) durante debate organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Os dois acusaram o partido do outro de conivência com irregularidades e, junto com outros candidatos, lembraram de casos envolvendo a Petrobras, o mensalão petista e tucano, além da construção de um aeroporto público em Minas.
O debate, exibido pela rede de emissoras católicas, também contou com a participação de Marina Silva (PSB), Pastor Everaldo (PSC), Luciana Genro (PSOL), Eduardo Jorge (PV), Levy Fidelix (PRTB) e Eymael (PSDC), que discutiram temas sociais, econômicos e que envolvem propostas sensíveis a religiosos, como o aborto e a criminalização da homofobia.
O tema da corrupção foi levantado por Aécio, quando questionado por Pastor Everaldo sobre a Petrobras. O tucano respondeu que os brasileiros estavam "envergonhados e indignados", em referência à prisão do ex-diretor Paulo Roberto Costa. O tucano disse que, desde o primeiro debate, cobrou explicações de Dilma.
"Como presidente da República, [Dilma] sempre fez questão de mostrar de forma muito clara quem é que mandava naquela empresa. De lá para cá, outra gravíssima denúncia surgiu, que fez que o mensalão parecesse coisa pequena", disse, em referêcia às denúncias de pagamento de propina a políticos com contratos superfaturados na estatal.
Dilma pediu direito de resposta e rebateu o tucano dizendo tem tolerância zero com a corrupção. Disse que quem investigou a Petrobras foi a Polícia Federal de seu governo e citou medidas para combater irregularidades.
"Nunca escolhemos engavetador geral da República. Se hoje se descobre atos de corrupção ilícitos é porque não varremos para baixo do tapete", respondeu.
Marina Silva não participou do embate sobre a corrupção, porque os candidatos que respondiam eram escolhidos por sorteio.
Ao dialogar com Aécio sobre a Petrobras e o mensalão, Pastor Everaldo disse que "vemos aí milhões indo pelo ralo da corrupção. Alguns que foram presos levantam o braço e manifestam como se fossem heróis".
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