A presidente Dilma Rousseff deve anunciar o nome do novo ministro da Fazenda hoje. A expectativa é de que o nome do novo responsável pelo comando da economia do País seja apresentado nesta sexta-feira (21) após as 18h, depois do fechamento do mercado financeiro.
Dilma corre contra o tempo para escolher o novo nome. Na manhã desta sexta (21), a presidente se reuniu com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, com quem discutiu o plano B para a Fazenda diante darecusa do presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, em assumir a pasta.
Durante toda a semana, a presidente realizou diversas reuniões a fim de um consenso sobre o substituto de Guido Mantega. Entre os nomes mais cotados está o do presidente do BC (Banco Central), Alexandre Tombini, que acompanhou Dilma durante reunião do G20 realizada na última semana, na Austrália.
A decisão de levar Tombini ao encontro das maiores economias mundiais aumentou a especulação em torno do presidente do BC. O ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, também está na disputa. Barbosa deixou o ministério em junho do ano passado após falta de sintonia com o secretário do Tesouro, Arno Augustin.
Uma das possibilidades é que Dilma tire Arno do Tesouro para abrir espaço para Barbosa assumir a pasta. No entanto, existe uma pressão para que o novo ministro da Fazenda seja ligado ao mercado, o que não se encaixa no perfil de Barbosa.
O ex-secretário do Tesouro Joaquim Levy, hoje administrador do Fundo do Bradesco, também vem sendo citado para ocupar a Fazenda. A presidente e a cúpula do PT, no entanto, têm resistências ao "conservadorismo" de Levy. Ele esteve no comando do Tesouro durante o primeiro mandato de Lula, quando Antonio Palocci era ministro da Fazenda, e comprou várias brigas com os petistas. Depois, foi secretário da Fazenda do Rio, na gestão de Sérgio Cabral.
Também deve pesar na escolha de Dilma a preferência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula já deixou clara a sua preferência pelo ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. Dilma avalia que Meirelles é independente demais para o que ela deseja.
Anúncio adiado
A expectativa era que o anúncio fosse feito logo após a reunião do G20. Dilma desembarcou em Brasília na última segunda-feira (17) três dias após a sétima etapa da operação Lava-Jato. Foram presos donos de empreiteiras acusados de pagarem propina para realizar contratos com a Petrobras e o ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque.
O novo escândalo fez com que as ações da Petrobras despencassem e pressionou o governo a anunciar a equipe econômica do segundo mandato de Dilma. Esperava-se que a presidente pudesse anunciar o nome nesta quinta-feira (20). Aproveitando que o mercado financeiro estava fechado em comemoração ao feriado do Dia da Consciência Negra. No entanto, a morte de Márcio Thomaz Bastos adiou novamente o anúncio.
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Dilma desistiu da movimentação e viajou para São Paulo onde participou do velório do ex-ministro da Justiça. A presidente aproveitou a viagem e se reuniu novamente com Aloizio Mercadante para a montagem do ministério. Nenhum nome foi escolhido.
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