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Trigo: Produtores reclamam do preço

Produtores de trigo da região de Ivaiporã estão insatisfeitos com a falta de uma política do governo federal que garanta uma boa comercialização do trigo brasileiro. Além disso, eles reclamam do sistema de classificação do produto na Coamo, que segundo al

Da Redação

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Publicado em 10.10.2014, 11:19:00 Editado em 27.04.2020, 20:07:15
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Produtores de trigo da região de Ivaiporã estão insatisfeitos com a falta de uma política do governo federal que garanta uma boa comercialização do trigo brasileiro. Além disso, eles reclamam do sistema de classificação do produto na Coamo, que segundo alguns produtores, não faz justiça à qualidade do trigo entregue. A Coamo se defende e diz que o recebimento do trigo na cooperativa segue as normativas de negociação especificadas pelo Ministério da Agricultura.

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O produtor Silvio Gabriel Petrassi, que também é prefeito em Ariranha do Ivaí, reclama e diz que o governo federal não mostra preocupação com o produtor. “No início do plantio, o governo coloca o preço mínimo de R$ 33,45. Só que quando a cultura foi instalada, ele tirou a taxa de importação e fez que o trigo vindo do exterior ficasse mais barato que o nacional, desvalorizando nosso produto”, protesta.

Segundo Petrassi, para piorar a situação dos produtores, após as chuvas do final do mês passado, o produto perdeu a qualidade e uma grande parte dos produtores tem repassado o trigo a R$ 13,50. “Nós sempre plantamos trigo e entregávamos por equivalência do PH, agora mudaram a regra do recebimento. Trigo que tem dado PH 78, na verdade, acaba sendo desclassificado e jogado para baixo”, destaca Petrassi.

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O produtor de Manoel Ribas, Sebastião Muniz Franco, da localidade de Santa Mariana, plantou 96 alqueires e terá um prejuízo de aproximadamente R$ 150 mil. Ele também reclama do sistema de classificação. “Eu planto trigo há 30 anos, mas nunca houve uma classificação como neste ano. Eu entendo que esse trigo não é de primeira, mas também não é o último. Nos outros anos o trigo nesse mesmo tipo entrava por R$ 22 a R$ 25, mas agora a cooperativa paga R$ 13,50. Chega doer o coração”, relata Franco.

Outra reclamação dos produtores é referente à classificação do produto que está sendo entregue para semente. “Neste caso, acredito que não há necessidade de se classificar por tipo. Semente é semente, não tem tipo 1 nem tipo 2, porque na hora que o produtor vai comprar não existe tipo”, assinala o produtor Cleber Matias Baggio.

PREOCUPAÇÃO

Sergio Alberton que produz trigo em Ivaiporã, Ariranha do Ivaí e Manoel Ribas plantou 150 alqueires e contabiliza um prejuízo em torno de R$ 250 mil. Ele diz que ainda não sabe como pagar o “rombo”. Segundo o produtor, de 12,5 mil sacas colhidas, 10 mil receberam classificação ruim. “É uma situação difícil e ainda não sei o que fazer para recuperar o prejuízo”, comenta Alberton.

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